A palavra verdade é uma das palavras mais intrigantes que já vi. Podemos perceber o poder desta palavra historicamente, quando os homens na antiguidade (mais precisamente na Grécia antiga) buscaram encontra- la, sujeitando as suas vidas inteiras em busca e contemplação da mesma. Todavia, sem sucesso. Alguns até tiveram lampejos sobre a mesma, mas somente lampejos.
A verdade é tão perturbadora que levou Pilatos a indagar Jesus: Que é a verdade?[1]
Esta busca levou os homens na Idade Média a terem a impressão que a encontraram, sendo que os mesmos, trataram logo de aprisiona- la (dogmatização da verdade). Sendo que logo depois (que tiveram a impressão que a encontraram) inventaram a palavra heresia, para rotular e matar aqueles que questionassem a mesma.
Desde então, a busca pela verdade tornou- se algo semelhante à busca pelo Eldorado, tão procurado pelos nossos colonizadores, que atravessou a modernidade, com a descoberta do homem como a medida de todas as coisas (mal sabendo eles que Protágoras “o famoso sofista” já havia feito esta descoberta há dois milênios antes deles). Neste momento os homens também pensaram que enfim a encontraram, pois, os mesmos descobriram a ciência, e então disseram: eureca!!! Chegamos á verdade. No entanto, também se enganaram.
A busca pela verdade foi tão intensa (e é até hoje) que os homens gastaram horas discutindo, para ver quem é o mais forte entre a ciência e a religião. E passaram a eternidade inteira discutindo.
Depois de refletir sobre toda esta história, só podemos chegar á mesma pergunta de Pilatos: O que é a verdade?
A resposta para esta pergunta ainda é um enigma a ser desvendado (gostaria muito de poder desvenda- lo). Todavia, gostaria de dar uma pista nesta busca: “seguir o coração”. Neste sentido eu sigo conselho de Pascal: O coração tem razões que a razão desconhece.[2]
Seguir o coração e respeitar as decisões alheias é uma das escolhas mais sensatas para quem quer encontrar a verdade, e o sentido da vida.
Gostaria de deixar claro amado leitor, que o fato de eu falar sobre a tolerância com relação ao próximo, não quer dizer que estou deixando de ser cristão por isto. Afinal de contas este era o fundamento da teologia de Jesus.
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