quarta-feira, 18 de setembro de 2013

QUESTIONÁRIO 2° ANO

1. Assista o clipe da música: Another brick in the wall, da banda de rock, Pink Floyd, e responda:
Existe uma conexão entra a música e a realidade atual da educação em nosso país? Qual?

2. O Positivismo é uma vertente filosófica que esta em nosso país desde o século XIX, e que influencia na educação da atualidade, com propostas que favorecem a comunidade burguesa. Com base nisto, comente o trecho que assistimos do filme Tempos modernos de Charles Chaplin.

 QUESTIONÁRIO 3° ANO
1. Com base nas aulas deste bimestre, o que seria o mito? E quais as suas diferenças com relação ao discurso filosófico?

2. Leia o texto abaixo:
“Quando percorremos nossas bibliotecas, convencidos destes princípios, que descrição temos de fazer! Se tomarmos em nossas mãos qualquer volume, seja de teologia, seja de metafísica escolástica, por exemplo, perguntemo- nos: será que ele contem qualquer raciocínio abstrato relativo à quantidade e ao número? Não. Será que ele contém raciocínio experimentais que digam respeito a matéria de fato e á existência? Não. Então, lançai- o ás chamas, pois ele não pode conter coisa alguma a  não ser sofismas e ilusões” (DAVID HUME).
Como estudamos, quando o discurso religioso perde a sua conexão com a vida, o mesmo perde a sua razão de ser. Neste sentido, em que momento o discurso religioso faz sentido na vida do crente (daquele que tem alguma crença)?

domingo, 8 de julho de 2012

Problemas e desafios para a missão urbana no século XXI



Introdução

Na atualidade são diversos os problemas levantados pelos teólogos que, preocupados com os fenômenos contemporâneos que ocorreram e ocorrem em nosso país e no mundo, como por exemplo: O porquê que a mensagem do evangelho perdeu o seu valor em nossa sociedade ocidental?

A partir deste questionamento nascem outros como: Será que a mensagem cristã perdeu a sua capacidade de iluminar e de dar sabor, e poder desta forma testemunhar e anunciar o Cristo?

A partir destes questionamentos e de outros nasceram diversas respostas para dar sentido a estas questões, com o fim de que a mensagem do Evangelho alcance os corações dos seres humanos e possa nortear as suas vidas.

O presente artigo tem a mesma pretensão, buscar pensar o evangelho a luz dos fenômenos urbanos de nossa época. Para isto, buscaremos resgatar a figura histórica de Jesus, com o objetivo de aprender com o mesmo quais foram os caminhos encontrados por ele para responder aos seus contemporâneos na sociedade que ele vivia e que deram rumos para a propagação de sua mensagem. Depois veremos como se comportaram os seus discípulos diante dos questões sociais de seus respectivos tempos até chegarmos a nossa época, aonde buscaremos pensar sobre os desafios da igreja na atualidade e as relações entre Evangelho e cultura.   



1.    O Jesus palestino



A partir deste momento nos reportaremos a Bíblia com o intuito de ao nos aproximar- mos da mesma, percebermos a forma que Jesus e seus apóstolos se comportaram frente aos desafios de sua época, a fim de tirarmos algumas lições que serão de fundamental importância para a nossa reflexão, uma vez que entendemos que é a partir do evento Cristo que nasce a nossa missão.

Hoje em nossos dias ouvimos falar sobre a pessoa de Jesus (cultura ocidental) e não fazemos ideia de quem ele foi realmente (os historiadores que o digam), hoje nós conhecemos um Jesus famoso que virou celebridade no cinema, nas peças teatrais, mas isto é um erro de interpretação bíblica, pois, se lermos os relatos bíblicos perceberemos que este palestino que andava nas ruas empoeiradas de Jerusalém não era tão famoso assim. Neste sentido, buscaremos nos aproximar da figura histórica do Jesus palestino, tentando compreender o máximo de quem ele foi e como viveu. Logo após faremos uma reflexão sobre evangelho e cultura.   

Jesus era um desconhecido fora de sua terra natal. No entanto, antes dele um profeta muito sério apareceu naquelas redondezas, e este era João Batista. Este dizia que o reino de Deus estava próximo e exigia conversão daqueles que o ouviam. Ao vasculhar o A. T., a comunidade de Mateus percebeu nos oráculos de (Isaias 40, 3): Vós do que chama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (3, 3). Lucas, concede a João uma entrada solene: “A palavra do Senhor foi dada a João filho de Zacarias, no deserto” (Lc. 3, 2). Inseriu- o na grande história de seu tempo: Soam nomes de Tibério Cesar, Pôncio Pilatos, Herodes e seu irmão Filipe, Lisanias, Anás e Caifás. Um quadro solene. No entanto, devemos entender que esta solenidade foi algo posterior na vida deste profeta.

Depois de Jesus ter ultrapassado as fronteiras da morte e ter experimentado profundamente sua vida, as igrejas depois deste período fizeram duas narrativas simbólicas (as Genealogias), com o fim de liga- lo com o inicio da humanidade (Lucas) e com o os primórdios do povo de Israel na pessoa de Abraão (Mateus).

            Podemos perceber nos relatos evangélicos que existe uma identificação muito grande entre as mensagens de Jesus e João Batista.

            Com relação a Jesus compreendemos segundo os relatos bíblicos que Jesus seria o Filho de Deus descido do céu com o fim de comunicar a mensagem de Deus aos homens. Portanto, compreendemos que aqui a questão geográfica e histórico não faz a menor diferença com relação á construção de sua mensagem. Uma vez que a mesma tem a sua origem na eternidade de Deus. A encarnação, portanto, não passaria de uma condição essencial para Deus falar na pessoa do filho.

            Ao assumir a nossa condição, fez- se sujeito a tempo e espaço e a cultura.



1.    1. Contexto sociopolítico e religioso



O contexto sociopolítico e religioso que Jesus inicia o seu ministério, foi um momento muito conturbado que eclodiu na grande rebelião judaica de 66, seguida no ano 70 da nossa era com a destruição do templo de Jerusalém pelo general Tito, filho do imperador romano Vespasiano.

Neste momento a palestina estava ocupada pelos romanos (63 a. C), época que Pompeu plantou seu quartel general em Jerusalém.

Roma dava total liberdade cultural e religiosa. Todavia, era bastante intolerante com relação a rebeliões de ordem politica (Pax romana)[1].

Esta ocupação deu novos rumos à história judaica, ou seja, foi determinada por relações usurpadoras de palacianos com o triunvirato[2]. Este período é marcado pelos grandes impostores e caçadores do poder[3], um cenário perfeito para a ascensão da dinastia dos Herodes. O rei Herodes o grande era um politico muito habilidoso e com isto (aquele da matança dos inocentes) conquistou a confiança dos romanos.

Na época de Jesus, o reino de Herodes havia sido dividido em uma tetrarquia entre os seus filhos. Jesus se opôs ao quadro de dominação imposto por estes governantes e como todo o profeta pagou um alto preço por isto.    

Ao contrario da postura de Jesus, os religiosos de sua época não estavam interessados pelas questões politicas com medo de suscitar a ira dos romanos, que em Jerusalém era representada pelo procurador romano, Pilatos.

Antes, durante, e depois da vida de Jesus a palestina foi agitada por vários motins populares de protestos contra a dominação politica e econômica romana, dos quais se sucederam diversos massacres. Herodes Arquelau e Pilatos dentre outras autoridades romanas foram protagonistas de alguns massacres.

Os evangelhos estão pouco preocupados com as questões politicas de sua época, cita poucas vezes estes relatos, um dos poucos relatos que mostram este cenário de violência esta em (Lc. 13. 1).

Uma questão interessante que alguns dos evangelhos narram é com relação a morte de João Batista. Pois, a primeira impressão que temos ao lermos este relato é que a trama arquitetada por Herodíades contra João Batista se reduz a uma questão moral e intrafamiliar. Todavia, segundo o historiador Flávio Josefo é mais provável que a execução do mesmo aconteceu porque Herodes temia uma revolta do povo. Ainda com relação a este fato, se lermos o Evangelho de Mateus notaremos na fuga de Jesus, este aspecto politico (Mt. 14. 13).  



1.    2. Jesus o andarilho



Este cenário hostil mostra- nos a inteligente estratégia do mestre em circular de cidade em cidade. Depois de abandonar a sua terra natal, Jesus não teve nenhuma moradia estável. Com relação a este fato notaremos que os Evangelhos não escondem esta realidade, percebemos isto quando o mestre se compara a uma ave sem ninho e a uma raposa sem toca (Lc. 9. 58), mesmo com relatos que digam que Cafarnaum era a sua cidade (Mt. 9.1; Mc. 2. 1; 9. 32) terá sido antes, pois, nesta cidade ele realizou coisas importantes, mas, de lá partiu para missões em outras cidades.

Podemos dizer que a esta vida missionária peregrina, somam- se razões politicas e teológicas, ou seja, estratégia de defesa e consciência de levar o evangelho a mais lugares. Ao assumir a vida de andarilho Jesus abandona a vida de camponês e artesão.

Com isto, os seus parentes não querem acreditar nele (Mc. 6. 4; João 7. 5), isto pode ser devido a sua insistência em não favorece- los financeiramente com seu dom de curar. Por conta disto chegam á chama- lo de louco (Mc. 3. 21).

Novamente, percebemos que dois olhares se juntam para entender a Jesus, na perspectiva familiar e sociocultural, pois, quando surgia alguém com esta habilidade a família retinha- o em casa com a finalidade de que vindo a multidão em suas pegadas, a mesma seria beneficiada com o dinheiro recebido. Jesus é contrario a tal projeto. Ao invés de pautar a sua vida segundo a cultura local, Jesus rejeita o projeto que proporcionaria certas regalias para ele e sua família e lança- se na vida de andarilho.

Concluímos esta parte, considerando quão importante para nós conhecer as raras peculiaridades sobre a vida do Jesus humano, e podemos dizer que não contradizem a nossa fé, mas, aproxima- nos de modo concreto e encarnado na vida deste ser tão Divino, e como Leonardo Boff bem diz: “pra ser tão humano como Jesus, só pode ter sido Deus”[4].



1.    3. A propagação do Evangelho depois de Cristo



Segundo a Bíblia Jesus se encarnou (João 1. 14) como judeu e viveu na plenitude dos tempos como judeu e foi condenado como diz o Credo “sob Pôncio Pilatos, e ressuscitou, sendo visto por testemunhas” (1 Co. 15. 1). Sendo que o primeiro movimento missionário foi iniciado na Igreja por Paulo e Barnabé, esta iniciativa foi alvo de muitas tensões por causa do pregação do Evangelho as culturas gentílicas no mundo romano. Além destas tenções existiram outras, porém não é o nosso objetivo enumera- las.

Após este período, no segundo século de nossa era, a mensagem do Evangelho entra em confronto com a cultura greco- romana, que era a que predominava na época. Isto levou os teólogos e lideres eclesiásticos cristãos a um longo e duro esforço intelectual, a fim tornar a mensagem do evangelho significativa para seus contemporâneos, com o devido cuidado para que o Evangelho não perdesse a fidelidade ao conteúdo da revelação divina.

Esta tenção entre evangelho e cultura perpassa toda a história da igreja especialmente manifesta nas formas de cristandade assumidas pelas Igrejas cristãs e nos períodos de atuação missionaria, seja protagonizado pela Igreja Católica Romana (V. Mateo Rissi, Bartolomeu de Las Casas, etc.), seja protagonizado pelas igrejas protestantes e evangélicas em sua expansão para o  Oriente e posteriormente para a América Latina.



2.    1 Evangelho e cultura

Depois deste panorama, podemos dizer que a Teologia da Missão tem a tarefa de pensar sobre a relação histórica entre Evangelho e cultura. Em textos missiológicos protestantes o presente tema é chamado de contextualização; em textos missilógicos católicos, tende a ser chamado de inculturação.

Neste sentido, enquanto servos de Deus e sobreviventes do século XXI que se interessam pelo processo de evangelização, devemos saber que o cristianismo durante estes dois milênios de existência enfrentou vários desafios que se lançaram a sua frente, tendo sempre em vista a dura tarefa de apresentar a mensagem de Jesus, como o Cristo ressuscitado de uma forma que aqueles que estavam ao seu redor recebessem esta boa noticia de maneira satisfatória. Desta forma os servos de Deus tiveram que traduzir a mensagem do evangelho nas culturas por onde passaram.

Neste sentido, alguns desafios lançam- se a nossa frente, desafios nos quais iniciaremos a nossa conversa fazendo uma breve reflexão sobre o que vem a ser cultura enquanto produto dos seres humanos e consequentemente de nossa história.

O conceito do que vem a ser cultura é muito amplo, portanto podemos dizer em linhas gerais que:

Júlio Zabatiero, para definir o que vem a ser cultura apropria- se da definição dos filósofos de Geertz, Thompson, Habermas e diz: cultura é o acervo padronizado de saber e significados, incorporados em formas simbólicas existentes em relação a contextos e processos historicamente específicos e socialmente estruturados dentro dos quais, e por meio dos quais, essas formas simbólicas são produzidas, transmitidas e recebidas[5].

Gedeon Alencar faz citação do texto: Evangelho e cultura, da Série Lausanne, que diz que cultura é:

Um sistema integrado de crenças (sobre Deus, a realidade e o significado da vida), de valores (sobre o que é verdadeiro, bom, bonito e normativo), de costumes (como nos comportar, como nos relacionar com os outros, falar, orar, vestir, trabalhar, jogar, fazer comércio, comer, trabalhar na lavoura etc.) e de instituições que expressam estas crenças , valores e costumes (governos, tribunais templos ou igrejas, família, escolas, hospitais, fabricas, lojas, sindicatos, clubes etc.) que unem a sociedade e lhe proporcionam um sentido de identidade, de dignidade, de segurança e continuidade[6].

Depois destas definições sobre o que vem a ser cultura, podemos dizer que fica bem claro para nós o significado deste termo, e podemos concluir que cada civilização tem a sua cultura própria e que portanto as mesmas devem ser respeitadas. Todavia, o Evangelho é a mensagem de salvação em Jesus Cristo, o Senhor ressurreto, mediante a fé, que consiste no perdão dos pecados, na inclusão pelo Espirito Santo , no povo missionário de Deus  e na esperança.

Estes dois conceitos tem importantes diferenças, vejamos: 1 o sujeito da cultura é especifico em um momento determinado; o sujeito do Evangelho é  o povo de Deus o qual esta para além das limitações histórico sociais da humanidade;  2 cada cultura distingui- se uma da outra, enquanto que o Evangelho que o Evangelho se concretiza historicamente dentro das culturas, conforme a encarnação de Jesus na cultura judaica no tempo do principado romano; 3 em outras palavras, o Evangelho não é uma cultura, mas, um conjunto de formas simbólicas construído através da história em que Deus se revela a humanidade em uma sociedade especifica (cultura judaica) que culmina no evento Cristo e que se disseminou em inúmeras cultura ao longo destes dois milênios[7].



2.    1 Buscando uma nova compreensão para a missão da igreja



Segundo C. René Padilha quando falamos em missões sempre pensamos em missões transculturais, aonde igrejas ou organizações especializadas enviam os seus missionário para evangelizarem em outros países. No entanto, para ele esta verdade é apenas parcial, pois para ele este é um projeto para toda a igreja e não somente para um pequeno grupo.

Ele abandona a visão tradicional inspirado no movimento missionário moderno a partir do século 18. Quando se falava em missão, logo se pensava em atravessar fronteiras geográficas (para ele o fator geográfico é secundário), ou seja, a única fronteira a ser cruzada é a fronteira entre o que é fé e o que não é. A missão da igreja tem um alcance regional, local e mundial, começando em nossa própria casa (Jerusalém). A partir deste ponto ele propõe uma “missão integral” (buscando resgatar o modelo bíblico de missão) em que todos somos chamados para este desafio.

Segundo este autor: “o mundo é um campo missionário e cada necessidade humana é uma oportunidade de ação missionaria”. A fala deste autor manifesta a sua preocupação não só com o discurso da igreja, mas também com a prática do mesmo, pois para ele é desta forma que se manifestará o reino de Deus entre os homens[8].

Esta postura com relação ao posicionamento da igreja frente a sociedade foi consolidado no conhecido Congresso de Lausanne I (suíça) em 1974 com o lema “O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens”[9].

A partir deste ponto é que pretendemos convida- lo querido leitor (a) à pensar um pouco sobre os desafios que estão diante de nós em nosso país, e quais as posturas teológicas e politicas mais viáveis para buscarmos reagir diante dos mesmos. No entanto, gostaria de esclarecer que a nossa visão é mais uma entre milhares visões sobre o tema.

Quem conhece pelo menos um pouco da história da América Latina e de nosso país, sabe da realidade tão hostil no qual aconteceu o processo de colonização aonde milhares de negros (as) e índios (as) foram mortos vitimas dos trabalhos forçados e do preconceito por parte dos colonizadores (lei dos mais fortes). Passados mais de quinhentos anos, este mesmo cenário se apresenta a nós, porém, com outras roupagens.

Ora, tendo consciência desta realidade, podemos dizer que a nossa América teve quase todos os seus recursos naturais esgotados, sendo que os mesmos foram parar nas mãos dos poderosos. Portanto, fica a pergunta: qual é a resposta que o povo de Deus dá para as vitimas deste país? Uma vez que todos somos vitimas deste sistema opressor? Foi em meio a uma geração muito parecida com a nossa que os cristãos da cidade de Antioquia no primeiro século foram reconhecidos como servos do Cristo (Atos 11, 26). E nós? Será que somos vistos como servos do Mesmo? Ou a sua mensagem esta ofuscada por causa de nossa falta de iniciativa[10]?

A resposta da igreja não deve ser somente verbal, com pressupostos espirituais, mas, existenciais, e que tenham reflexos na realidade de nossas vidas, ou seja, precisamos de uma teologia que nos deixe com os pés no chão (como os cristãos de Antioquia, por exemplo).

            O que queremos dizer com relação ao termo pés no chão, é que a nossa espiritualidade, teologia e escatologia tem de ter estar baseada não só em palavras, mas, em atos, de maneira que os reflexos dos mesmos tornem- se concretos em nossa realidade. Como diz a Epistola de Tiago 2, 14- 16: 14 Meus irmãos, que aproveita se alguém tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salva- lo?

            15 E, se os irmãos (ãs) estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,

            16 E se algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai- vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?

            17 Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma (ARC).

            As colocações do apóstolo Tiago coloca- nos diante da questão que queremos discutir: “o ponto de partida da teologia da igreja, tende promover a mudança social”.



3.    2 Mudança social: um desafio para a igreja atual



Segundo o teólogo Harvey Cox, em sua obra “A cidade do homem”, a mudança social deve ser o ponto de partida da teologia da igreja. Para este autor a igreja a deve abrir mão de pressupostos teológicos do passado que já não fazem mais sentido na atualidade, tendo uma abertura para o que Deus esta fazendo na atualidade[11].

            Um bom exemplo do que este autor esta falando é a obra fictícia do americano Charles M. Sheldon, que foi publicado pela primeira vez em 1896, “Em seus passos que faria Jesus?” Aonde cristãos da cidade de Raymond, promovem mudanças extraordinário naquela sociedade. Esta obra trouxe um grande avivamento espiritual nos EUA no século XIX, que se alastrou pela Europa. E até hoje continua impressionando cristãos do mundo inteiro[12].

            Retornando a obra de Cox, ele aponta algumas situações que as igrejas ficaram apáticas diante das revoluções que aconteceram em suas épocas, por conta do conservadorismo teológico que não as deixavam prosseguir e dando uma resposta significativa para os seus membros.

            Para este autor a igreja deve perceber a ação de Deus na história, no que diz respeito questões da ética social de cada época e reformulando sempre as suas estruturas.

            Dito isto, ele mostra que precisamos elaborar uma teologia baseada em nossa época, ou seja, uma sociedade secularizada[13]. Para este autor a cidade secular pode ser interpretada como símbolo teológico das cidades bíblicas, aonde a liberdade e a libertação são marcas da mesma (Nova Jerusalém, Cidade de Deus, Nova Criação). Para o mesmo o símbolo da cidade secular não viola o símbolo bíblico do Reino de Deus, muito pelo contrario o mesmo além de corroborar com a visão da cidade secular, ilumina o fermento da mudança social.

            Todavia, ele nos alerta que não podemos nos esquecer de diferenciar a Cidade de Deus, da cidade dos homens, uma vez que já aconteceram equívocos absurdos como a teologia norte americana do “Evangelho Social” que confundiu o Reino de Deus com as realizações humanas, com a expressão “construir o Reino de Deus”.

            Neste sentido, a expressão, “o Reino de Deus”, no Novo Testamento, é manifesto nas palavras de Jesus como a manifestação Dele mesmo, ou seja, Ele é o representante, a corporificação e o sinal do mesmo.

            Para fundamentar a sua tese ele ira propor três ideias básicas sobre esta afirmação:

Primeira, o Reino, manifesto na pessoa de Jesus é a revelação mais plena da parceria entre Deus e o homem na história, ou seja, a luta pela formação da cidade secular é uma forma de responder a esta realidade em nosso próprio tempo.

Segunda, enquanto o Reino de Deus exige renúncia e arrependimento, a cidade secular não o faz. A manifestação do Reino se apresenta na forma de exigência, de renuncia das tradições passadas de maneira radical, podendo envolver a ruptura dos laços familiares ou o abandono do dever filial do sepultamento do pai(Mt. 8, 18- 22; Mt. 10, 37- 42; Lc. 9, 57- 62). Porém, é bom salientarmos que o arrependimento no Novo Testamento não é demasiadamente moralista como comumente é interpretado, mas, um ato de sacrifício mais preponderante e inclusivo.

Terceiro, relação entre as duas cidades: Reino de Deus e cidade secular. Uma transcende a história e a outra esta dentro da mesma. Como interpreta- las do ponto de vista escatológico? O Reino de Deus já veio ou há de vir no futuro?

            Depois de estabelecer estes parâmetros, ele dirá que as igrejas passam por um processo de catalepsia[14] social e que para sair deste estado de inercia seria necessário a catarse[15] e a catástrofe[16].

Esta forma de paralisia é caracterizada na maioria das teorias revolucionárias como “hiato catalítico”, para dizer que existe um atraso e que o mesmo precisa ser eliminado de maneira que a ação requerida seja executada. Ele levanta esta questão com o objetivo de dizer que precisamos de estratégias que satisfaçam aos anseios de nossa geração.

            Para mostrar esta necessidade de novas estratégias ele dirá que a nossa sociedade passou por diversas transformações (“a força da linha de produção, para a era do computador”, “da sociedade industrial para a sociedade automatizada”) e que a igreja com seus processos políticos e símbolos religiosos não acompanhou a mesma, refletindo a nossa sociedade pré- técnica. Ele aponta que a igreja não acompanhou o rápido desenvolvimento da sociedade tecnológica, tentando por nesta sociedade que esta amadurecendo fraldas politicas.

            Este autor aponta caminhos que já poderiam ter ensejado este hiato catalítico, como as crises vindas dos trânsitos das massas, no problema da moradia e no crescimento do desemprego, e que no entanto, demonstram a nossa incapacidade de enfrentar politicamente este problemas decorrentes destas mudanças sociais.

            Diante destes desafios ele retoma a imagem bíblica do Reino de Deus, trazida para o símbolo da cidade secular de maturidade e interdependência, com a finalidade de mostrar que Deus sempre esta a um passo além do homem, e mostrar que na Bíblia o Reino nunca é manifesto em sua plenitude, o mesmo sempre esta chegando. A expressão do Evangelho de Marcos: O tempo esta cumprido e o reino de Deus esta próximo; arrependei- vos e crede no Evangelho. Ou seja, a Bíblia coloca a época atual na brecha existente entre o que foi e o que há de ser.

            Todavia, temos que ter a consciência que a catalepsia social existente em nossa sociedade secular geradora da cegueira e da paralisia que impedem o homem de agir e fechar o hiato, pode ser causada pela nossa própria negligencia de dizer não aos chamados Deus. Para ele nós muitas vezes nos comportamos como crianças inseguras, com medo de enfrentar a realidade.

            Neste sentido, ele utiliza- se de dois símbolos utilizados na Bíblia Metanóia e Maturidade com o fim de aproxima- los do símbolo da catarse[17].

Metanóia no Novo Testamento tem a ver com uma mudança muito radical, ou seja, o eu anterior morre e um novo nasce. E a segunda imagem é a maturidade, que quer dizer: quando me tornei homem. Estas imagens somadas com as imagens da secularização, podem ser vistas como um processo de amadurecimento e responsabilidade.

            Ora, o presente autor toma o exemplo de Paulo que não acreditava que dando um grito os gálatas despertariam de seu transe, mas acreditava que a nova realidade trazida pela atuação de Deus em Cristo, é o que os capacitaria a sair do sono, e esta nova realidade era o Reino. Este exemplo mostra que para qualquer teologia que tenha a pretensão de ser revolucionaria não pode se iludir pensando que as pessoas mudem suas mentes frente aos problemas sociais e políticos, somente através de sermões e da leitura de artigos. Alguma coisa tende se modificar primeiro.

            Podemos dizer que para este autor em termos seculares a catástrofe precede a catarse, e no teológico o Reino precede o arrependimento. Sendo que, a igreja deve sempre ter uma abertura para o novo. Todavia não queremos dizer de modo algum que devemos abrir mão de tudo o que construímos em nome de um entusiasmo ingênuo pelo novo, mas significa que devemos exercer a nossa mordomia de forma responsável, aonde as praticas antigas devem sempre ser testadas em bases iguais com as novas, pois o nosso mundo não deixa de se transformar.



Conclusão

            ´

Portanto, temos que ser mordomos responsáveis e maduros, prontos a responder aos chamados de nossa época, tendo em mente que a catástrofe e a catarse vem repetidas vezes. Na Bíblia o Reino de Deus vem sempre ao homem exigindo uma nova resposta do mesmo. Temos consciência que o mundo nunca está plenamente humanizado devendo sempre estar nos convertendo[18]. A igreja deve exercer o papel de ser um sinal de salvação que sinalize enquanto movimento profético os instrumentos que desumanizam e oprimem os homens[19].     

           



























 



[1] LIBANIO, J. B. Qual o futuro do cristianismo? São Paulo, Paulus, 2008, p. 29- 31.
[2] http://www.dicionarioinformal.com.br/triunvirato/O triunvirato, em suma, é um governo formado por 3 representantes: acessado em 06/02/ 2012.
[3] REICKE, BO. História do tempo do Novo Testamento. São Paulo, Paulus, 1996, p.103, 104.
[4] LIBANIO, J. B. Qual o futuro do cristianismo? São Paulo, Paulus, 2008, p. 29- 34
[5] Informação retirada do texto: ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Evangelho e cultura, p.1, 2.
[6]  ALENCAR, Gedeon. Protestantismo Tupiniquim, São Paulo, Arte Editorial. 2005, p. 15.
[7] ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Evangelho e cultura, p. 2, 3. 
[8][8] PADILLA, René C. O que é missão integral? São Paulo. Ultimato, 2009, p. 13- 22.
[10] Veja a obra: BALTHASAR, Hans Urs Von. Quem é Criststão? São Paulo, Fonte Editorial, 2004. Esta obra é muito provocante, pois o autor levanta questões provocantes e inquietantes, que nos levam a refletir e repensar a nossa fé.
[11] COX, Harvey. Cidade do homem. São Paulo, Paz e Terra, 1971, p. 121
[12] SHELDON, Charles M. Em seus passos que faria Jesus? Campinas- SP, United Press. 1997.
[13] Para ele secularização é um movimento que marca uma mudança na maneira como os homens encaram e entendem sua vida em comum e ocorreu somente quando os confrontos cosmopolitas da vida na grande cidade expuseram a relatividade do mitos que, no passado, eram julgados inquestionáveis, p. 11.
[14] Ele define catalepsia como uma doença mental caracterizada pela rigidez e incapacidade de ação. Aqui ele aplica esta patologia as igrejas.
[15] Catarse: é a concepção de como as pessoas podem ser mudadas. De como podem ser tiradas do seu estupor cataléptico e encorajadas a agir.
[16] Catástrofe: é um evento que transforma a ordem ou o sistema das coisas.
[17]COX, Harvey. Cidade do homem. São Paulo, Paz e Terra, 1971, p.
[18]COX, Harvey. Cidade do homem. São Paulo, Paz e Terra, 1971, p. 121- 141.
[19] BOFF, Leonardo. Teologia do cativeiro e da libertação. Rio de Janeiro, Vozes, 1980, p. 208- 218.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Reciclando gente e revelando Deus ao mundo


 Evangelho de João 9. 1- 41
           

Boa noite querido leitor!!! Estamos muito felizes por este novo ano que se inicia, e mesmo atrasados gostaríamos de desejar a vocês um feliz ano novo!!!

Queremos iniciar este ano com uma reflexão muito provocante que se encontra no Evangelho de João 9. 1- 41.

Boa leitura.

Uma das características mais marcantes de nossas sociedades contemporâneas é a busca e o desejo pelo sucesso (queremos ser bem sucedidos, isto dito em outras palavras queremos “ter em detrimento de ser”). Valorizamos a estética, dizendo para nós mesmos: o importante é estar belo (queremos encontrar a fonte da juventude) demonstrando o nosso terror com relação a velhice e a morte. Vale salientar que esta busca é insaciável.

No entanto, esta busca desenfreada e egoísta pela beleza tem um preço muito caro, pois, marca profundamente a vida de muitas pessoas que estão á margem de nossa sociedade, e que ao invés de buscarem a beleza, correm atrás ao menos de sua dignidade.

Esta mesma sociedade que as pessoas se articulam para realização de seus ideais, muitas vezes se torna totalmente perversa e egoísta por excluir dos seres humanos a possibilidade de se humanizar, quando os esvazia de sua dignidade. Enquanto uns consomem, outros passam fome, e para estes últimos à única coisa que lhes resta é a luta pela sobrevivência.

Neste momento, faz- se necessário um adendo: é muito fácil perceber isto, quando olhamos o moralismo fingido de nossa sociedade frente algumas mudanças que acontecem na mesma. Nós dizemos que vivemos em uma sociedade democrática, no entanto, este discurso não passa de uma falácia de nossa sociedade neoliberal, que cria uma falsa imagem de liberdade, quando na verdade vivemos dentro de cadeias intransponíveis. Digo isto por conta da dificuldade que temos em aceitar a regeneração de um “criminoso, uma prostituta, e o morador de rua”, que buscam se reintegrar a nossa sociedade. Ou seja, excluímos estas pessoas não concedendo a estas a possibilidade do recomeço, salvo algumas exceções. No entanto nos esquecemos que a mesma sociedade que exclui o marginal (criminoso, prostituta e o morador de rua) é a mesma que os cria.

Olhando para este panorama de privação e exclusão podemos dizer que existe uma classe de pessoas em nosso mundo, que algumas delas nunca cometeram crime algum. Todavia, vivem a margem de nosso mundo, esta classe de pessoas podemos chama- las de deficientes, seja lá qual for o tipo. Admitamos!!!!!! Nós temos dificuldades em aceita- las transitando em nossa sociedade.     

E as narrativas bíblicas principalmente nos evangelhos, trata de muitas pessoas com diversos tipos de deficiências que viviam marginalizadas pela sociedade que habitavam, e que, no entanto, tiveram as suas vidas mudadas ao se encontrarem com Jesus (Atos 10. 38).

E a narrativa que lemos nos convida a refletir, notamos que este é um texto muito pouco lido em nossas igrejas, todavia, é uma das narrativas dos Evangelhos que mais me chama a atenção, porque ela traz luz a algumas coisas que estão presentes na igreja e na sociedade e que eu gostaria de pontuar pelo menos duas á nível de nossa reflexão.



1.    Buscar explicar o inexplicável

Vejam que neste diálogo a primeira pergunta que é feita a Jesus pelos seus discípulos é de ordem moral e religiosa, (Quem pecou? v. 2) Este tipo de pergunta nos revela uma mente marcada pela culpa, ou seja, produto da religião. Esta forma de pensar a fé deixa as pessoas cativas e pessimistas com relação a si mesmas, pois, as mesmas vivem presas à ideia de pecado. Ou seja, tudo o que acontece de trágico na vida esta associada a punições divinas por causa de nossos pecados. Inclusive as enfermidades e deficiências.

Todavia, queremos enfatizar que existem algumas situações que trazem prejuízos (deficiências) para as vidas de muitas pessoas, por conta de ações imprudentes delas mesmas ou de outras pessoas. Mas dizer que Deus as colocou nesta situação, como dizem alguns irmãos e pregadores, é um absurdo.   

Neste sentido, dizer que esta visão de Deus esta errada, não é negar a consciência do pecado (Miserável homem que sou!!, Rm 7. 24, 25), mas é termos maturidade para reconhecermos que Deus não é nosso inimigo, mas nosso parceiro, conscientes que vivemos em um mundo que as tragédias muitas vezes nos acompanharam. (Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de faze- los prosperar e não lhes causar dano, planos de dar- lhes esperança e um futuro. Jeremias 29. 11)

Dito isto, temos que tomar cuidado para não cometermos o erro dos “amigos de Jó” diante de nosso próximo, mas termos sempre a postura libertadora de Jesus, postura esta que traga uma boa nova (Evangelho) de vida e esperança para as pessoas se encontram nesta situação.

Ora, podemos dizer que podemos dar um novo significado na vida do outro, que o traga para mais perto de Deus (Salmo 40. 1- 4), promovendo desta forma salvação (temos aqui uma outra ideia de salvação, ou seja, salvação não no sentido espiritual, mas existencial).

Diante do inexplicável e do inevitável, devemos nos esquecer de nossas teodiceias[1], a única coisa que podemos fazer é nos calar e somente estar perto do outro na certeza que podemos trazer cura para alma destas pessoas, com a ajuda do Espirito Santo.



2.    Dando novos significados à vida



É muito interessante este texto, porque nele Jesus esvazia toda a culpa que rodeava a vida daquele homem (nem ele, nem seus pais pecaram, v. 3 p. a), dando um novo significado à vida do mesmo (mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele v. 3 p. b), ou seja, a deficiência já não era mais uma maldição divina, mas uma circunstancia que não era causada por Ele “Deus”, mas, algo que pode ser usado por ele para que se manifeste a glória Dele.

Podemos dizer que muitas pessoas são provas cabais disto que Jesus falou, e que superaram a si mesmas, indo além dos preconceitos, e que arrancam aplausos de todos nós. Este é o caso do cantor italiano Andrea Bocelli que apesar da cegueira encanta multidões com musicas que tocam o nosso coração, como “Con te Partiro”, por exemplo. Quem nunca ouviu apenas uma das milhares de musicas  produzidas pelo genial compositor alemão Ludwig Van Beetoven, que era surdo. Muitas vezes passeando pelo nosso país (pela televisão, pela internet ou pessoalmente) e percebemos na cidade de Ouro Preto (Minas Gerais) obras de arte com uma perfeição extraordinária, que nos encantam, do artista plástico de Aleijadinho, mas poucos sabem que ele tinha uma doença degenerativa nas articulações, que trouxeram muitas dores na vida deste gênio.

Como eles existem muitos outros exemplos que fazem com que glorifiquemos a Deus. Aleluia!!! Exemplos como estes, nos fazem perceber que Deus ainda faz milagres. Todavia, é preciso uma observação neste ponto, pois, milagre para nós não é somente quando Deus cura uma pessoa com um problema que para a medicina é impossível, mas o milagre também acontece quando Deus faz que uma pessoa compreenda que o seu problema apesar de irreversível, pode glorificar o nome Dele, e estes milagres estão por aí...

Para sermos igreja de Deus, temos que andar nos passos de Jesus, resgatando vidas que estão de certa forma esquecidas, nas latas de lixo da história (desculpem- nos pela veemência dos termos usados), dando dignidade as mesmas (reciclando- as, ou seja, dando nova vida as mesmas). Não existe nada mais frustrante na vida do homem do que ter a sua dignidade roubada. E não existe nada mais curador do que o amor que vem de Deus em Jesus e que é revelado em nós 1 Jo. 3. 16.

Pois, uma coisa é certa, que animo teremos para enfrentar a vida e a sociedade tendo em mente que Deus é meu inimigo? Com certeza não teremos animo nenhum. Mas se ele esta ao meu lado como o meu parceiro eu posso enfrentar as dificuldades da vida e até mesmo a morte (Se Deus é por nós quem será contra nós? Rm. 8. 31) 

Sejamos sinceros, nós não temos o poder que Jesus tinha de ordenar que cegos enxerguem, que paralíticos andem, que surdos, ouçam, mas, podemos sim amar estas pessoas e todos os que nos cercam devolvendo a estes a dignidade e a esperança que o mundo um dia roubou destas.

Charles G. Finney comentando Atos 1. 8, diz: “Aquilo que manifestamente receberam como o supremo, o coroador e o meio vital para o sucesso foi o poder de prevalecer com Deus e o homem, o poder de firmar impressões salvadoras nas mentes dos homens.  

Podemos concluir, afirmando que este poder pode fazer que nós sejamos agentes recicladores de Deus neste mundo, aonde as pessoas são tratadas não como seres humanos muitas vezes, mas como objetos. E este é o nosso desafio: “firmar impressões salvadoras nas mentes destas pessoas” que o mundo despreza.

Amém...





























[1] Disciplina teológica e filosófica, cuja finalidade é explicar a origem do mau.